Quando penso em homens e mulheres a idéia platônica sempre está presente: éramos seres hermafroditos. Mas por um motivo qualquer fomos cindidos e deixamos de ser dual e nos tornamos únicos. Essa unicidade provocou em nós a eterna procura de nossa metade perdida. Passamos a viver então a busca do que acreditamos que seja nossa metade ideal. E tudo que é ideal deixa de ser real. Buscamos um complemento as nossas satisfações mais íntimas, um ser que nos compreenda e nos aceite da maneira que somos, mas não o aceitamos da maneira que ele é. E assim homens e mulheres passam a vida fantasiando como poderia ser e não vivendo como realmente a vida se apresenta.
Homens dominadores, mulheres submissas parece distante em pleno século XXI. Teoricamente assim o seria, mas na prática ainda o estigma está presente em um grande número de pessoas. Mulheres competitivas ainda assustam aos homens. Mulheres que se destacam provocam ainda certo temor.
Os relacionamentos a cada dia tornam-se mais frágeis. Uma simples rajada de vento pode destruir uma relação. A palavra tolerância parece também estar extinta de nosso vocabulário. Homens e mulheres são seres distintos, cada qual com seu fenótipo e cada um com suas idiossincrasias. O homem desenvolvendo mais seu lado lógico, racional, objetivo e pragmático. A mulher apesar também da objetividade também presente volta-se mais para o campo emocional, por vezes criando para si mesma uma desorganização organizada. O mais importante é que tanto a razão quanto a emoção está presente em homens e mulheres.
E retornando ao filósofo grego Platão, a perfeição só existe no mundo das idéias: nós, seres humanos somos apenas cópias imperfeitas. Por que não assumir nossas imperfeições também?
Acredito que independente do sexo, se cada um pensar que sua verdade e sua realidade é apenas dele, que impor não torna a relação igualitária e sim que a cada momento vai acabar distanciando mais e mais o outro a manutenção do amor se tornará mais fácil e duradoura. Assumir que também somos sim românticos, gostamos de afeto, de carinho, e que quando amamos precisamos do ser amado e que sua ausência causara uma grande dor, lidaremos melhor com as diferenças. Tanto homens precisam de mulheres quanto mulheres precisam dos homens. Não como um apêndice e sim como alguém que nos acompanhará em momentos, tanto de dificuldade quanto de alegria.
Penso que se deixarmos de lado a palavra competição e entrarmos em uma relação, munidos de amor, sem pré-conceitos, teremos uma força maior para lidar com as pedras que teremos que tirar da relação, afinal nada é perfeito nem mesmo um relacionamento.
Amor, paixão, ternura, carinho são palavras que devem sobrepor às dificuldades e aos obstáculos também presentes na relação homem e mulher vivendo sem medo de ser feliz.
"No passado cometi o maior pecado que um homem pode cometer: fui feliz”.( Jorge Luiz Borges).
Assinar:
Postar comentários (Atom)


Nenhum comentário:
Postar um comentário