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terça-feira, 22 de maio de 2007

Saúde e Trabalho

Várias vezes no transcorrer da nossa historia de vida nos questionamos? Existe realmente a necessidade de trabalhar?
Não seria melhor se tivéssemos todos os nossos dias para fazermos tudo que sentíssemos vontade sem nos prender a vínculos de trabalho?
Desde a existência do homem na terra ele busca alternativas para criar e formar sua identidade. Primeiro pela necessidade de sobrevivência, surge a caça, a pesca e a agricultura voltadas para subsistência do homem. Mas parece pouco diante da capacidade criativa desse homem. Invenções que hoje estão tão distantes da nossa realidade surgiram. Pequenas criações iam cooperando para o desenvolvimento da raça humana. Artesões começaram a produzir e chegamos ao escambo como forma de comércio. A fase da troca tem início.
No processo de construção da história da humanidade passamos por diferentes períodos, onde crises sociais, culturais, políticas tiveram influencia fundamental nesse homem ao qual me refiro: o homem vivente no século XXI.
Concomitante a necessidade de produzir em função da forte criatividade presente na raça humana, esse homem deseja, tem sonhos, ambições, e a ociosidade deixa lugar à necessidade continua de trabalho. A identidade do homem contemporâneo esta intimamente associada à sua presença profissional. Esforços incomensuráveis tornam-se presentes nesse homem objetivando sempre conquistar. Bens materiais, acumular capital e poucos vínculos afetivos duradouros. Esse é o perfil do homem hiper-moderno. Por sua vez a política sócio-econômica vigente exige a cada instante mais e mais deste homem nesse mundo governado pela competitividade exacerbada. As organizações empresariais centradas no modelo capitalista exigem do profissional, esforços constantes tendo como meta o objetivo do lucro.
Esse cenário embasado por um modelo econômico e composto por pressões
exercidas pela sociedade, empresas, família e principalmente por si próprio produz uma relação entre Saúde e Trabalho extremamente adoecida. Competitividade ilimitada, grande desempenho, auto-cobrança, metas quase inalcançáveis, insegurança frente a possibilidade de substituição por outro profissional dentre outros fatores, corroboram de maneira latente para o adoecer dessa relação.
Fazendo uma análise comparativa entre o homo-sapiens e o homem contemporâneo observamos que a relação Saúde e Trabalho, sempre foi permeada por momentos de estresse. Mas o homo-sapiens parecia ter o estresse bom que o mobilizava para a sobrevivência e a manutenção da espécie, enquanto que, o homem contemporâneo vive o estresse em níveis tão elevados que podem provocar problemas psicossomáticos, onde corpo e mente são amplamente prejudicados.

Aliviar os agentes estressores, buscar melhor qualidade de trabalho, valorizar a si mesmo como pessoa e sentir-se também valorizado pela empresa são valores a serem reavaliados por todos para que possamos traduzir e transformar essa relação adoecida em uma relação sadia. Esses valores tão importantes para o homem e para a sociedade que o cerca, Saúde e Trabalho, podem e devem caminhar unidos formando não uma díade de palavras, mas uma tríade: Homem, Saúde e Trabalho.

Apesar do estresse diário, a cada dia o homem torna sua vida mais sedentária.
Meios de locomoção, telefone, celular, Internet, televisão tornou o homem um ser acomodado. Caminhar é um grande obstáculo a ser enfrentado. Estresse e suas conseqüências causando sérias doenças é o preço a ser pago pelo avanço da tecnologia.

“ Há pessoas que analisam determinada situação e se perguntam: por que é assim? Há outras que, diante da mesma situação vão além: porque não mudá-la?” ( Kennedy)

Essa brilhante frase pode nos proporcionar uma abrangente reflexão e uma motivação para transformar o nocivo em saudável, objetivando uma vida com uma qualidade muito superior à atual.

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