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quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

A difícil convivência entre homens e mulheres.




Uma pesquisa divulgada no final do ano passado nos Estados Unidos trás a tona um tema muito interessante: nunca as mulheres estiveram tão ousadas como atualmente. E acrescenta-se que também nunca tão “mal faladas”. Baseada nesse fato resolvi traçar um breve relato sócio-histórico da vida feminina, não no sentindo de pregar a vitimização, mas com a idéia de fazer uma análise critica quanto ao comportamento atual da mulher.

“A mulher deve adorar o homem como a um deus. Toda manhã, por nove vezes consecutivas, deve ajoelhar-se aos pés do marido e de braços cruzados, perguntar-lhe: Senhor, que desejas que eu faça?” (Zaratustra, filosofo persa, século VII a.C.)
Essa foi a primeira citação que encontrei. Sigo com minha pesquisa. Fabulosa internet e:

“A natureza só fez mulheres quando não pode fazer homens. A mulher é, portanto um homem inferior.” (Aristóteles, filósofo grego, século IV a.C.). Continuo tentando alcançar meu objetivo:

“Que as mulheres estejam caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar. Se quiserem ser instruídas sobre algum ponto, interroguem em casa os seus maridos.”
(São Paulo, apóstolo cristão, ano 67 d.C.).
Ainda não me é suficiente e:

“Os homens são superiores às mulheres porque Alá outorgou-lhes a primazia sobre elas. Portanto, daí aos varões o dobro do que daí as mulheres. Os maridos que sofrerem desobediência de suas mulheres podem castigá-las: deixá-las sós em seus leitos e até bater nelas. Não se legou ao homem maior calamidade que a mulher.” (Alcorão, recitado por Alá a Maomé, século VI).
Quero mais informações, portanto:

“O pior adorno que uma mulher pode querer usar é ser sábia.” (Lutero, teólogo, reformador protestante, século XVI).

Nessa busca encontrei incontáveis citações, mas selecionei essas para ilustrar o que já sabemos: o mundo foi amplamente dominado por uma cultura patriarcal em todos os segmentos e fortemente amparado também pelas distintas religiões o que deu ao homem a sensação de superioridade e de comando por milênios. Ao longo da história, diversas correntes filosóficas e religiosas tinham uma visão diferente e defendiam a dignidade e os direitos da mulher em muitas e diferentes situações. Mas isso não era suficiente para a igualdade de direitos. A mulher amparada pela revolução francesa cria um movimento feminista. Nesse período da história pequenas mudanças começam a acontecer, mas o grande salto desse movimento aconteceu no século XX. “Feminismo é o movimento social que defende igualdade de direitos e posição entre homens e mulheres em todos os campos”, mas seria apenas isso? Igualdade?

Século XX, bruscas mudanças: a mulher consegue o direito ao voto, e assim começa a conquistar seu lugar, tanto pessoal quanto profissional. Mas motivada por um ressentimento milenar em relação à submissão e a subserviência, mulheres começam não a conquistar seus direitos, mas entra em franca competição com o universo masculino. Conquistas: incontáveis.
Direitos: quase em igualdade.
Deveres: inúmeros.
Liberdade: aparentemente conquistada.

Mas o que fazer com a liberdade? Acredito ser esse o maior conflito feminino. O que é ser uma mulher livre, independente no mundo contemporâneo? Nem a própria mulher sabe. Estamos vivendo um momento de falta de referencias. Para algumas mulheres ser livre é ser bem sucedida profissionalmente, para outras a famosa liberdade sexual, para outras cinco minutos de fama. Assistimos sim a uma exposição de corpos. A liberdade de assumir seu corpo como também uma fonte também de prazer se transforma e por vezes esse corpo se torna uma fonte de consumo frente à exposição ao qual é submetido pelas tele-mídias do mundo.

O conflito maior que vejo é; essa mulher livre, liberal, profissional, competitiva, na sua maioria ainda quer, deseja e sonha com um homem ideal, companheiro, romântico, uma casa, filhos enfim, uma família.

Acredito que o movimento feminista trouxe sim, grandes conquistas ao universo feminino. Mas esse movimento não se tornou na guerra dos sexos. O homem tem suas características, sua carga genética, seu jeito masculino. A mulher por sua vez tem o seu jeito feminino. Ser livre e independente não é copiar comportamentos masculinos e sim deixar a natureza feminina também livre. Ser livre e independente não é lutar contra os homens e sim se posicionar como mulher. Tanto homens precisam de mulheres quanto mulheres precisam de homens.

Frente a essa falta de referencias quanto a posições de homens e mulheres, tanto um quanto o outro se encontram perdidos. Torna-se necessário estabelecer uma nova forma de conduta respeitando a natureza e as características de cada sexo, sem o objetivo de competição e sim tendo como meta o encontro, uma vez que a forma atual conduz mais a separação, ao isolamento e a solidão.

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